sábado, 5 de novembro de 2011

A vida é bela

Quem acha que a vida é bela levanta a mão! Eu tenho certeza. A minha anda tão boa, mas tão boa, que me pego olhando por sobre o ombro para ver se há alguma nuvem escura me seguindo, algum prelúdio de catástrofe. Até agora não vi nada, nem quero ver!

As paletras do ciclo sobre o Elogio à Preguiça tiveram um grande efeito em mim. Eu ando curtindo muito as pequenas coisas do dia a dia. Na quinta passada, fui ao salão domar meu cabelo rebelde e resolvi almoçar no restaurante em frente. Nada de especial na comida, era um tipo PF, preço baixo, mas estava de bom tamanho para um dia cheio de tarefas antes de embarcar nas minhas microférias.

Para variar, eu levei um livro - sempre tenho um ou alguns comigo (no carro, na bolsa) para ler no salão, no café, onde eu estiver enfim! Levei o livro para o restaurante porque ele estava muito bom, não conseguia parar de ler. Um exemplar pequeno do Luís Fernando Veríssimo, autor que eu considero um comediante incrível. Para mim ele é um stand up por escrito. Começo a ler e rio sozinha, a comicidade das histórias é muito visual, fico imaginando os fatos narrados e não consigo me controlar. 

Estava tão absorta na leitura que demorei a perceber uma mulher chamando minha atenção: "Moça, moça!" Olhei em volta procurando a voz e vendo se era comigo (acho engraçado quando me chamam de moça - não que eu me sinta velha, só antiga, rsrs). Olhei em frente e ela me perguntou: "O livro está bom? Você parece estar se divertindo!"

Eu devia estar fazendo caretas engraçadas, porque ela notou logo. Vai ver que é o sorriso, a boca emenda de uma orelha a outra e não tem jeito! Mas estava mesmo divertida a leitura e foi o que eu expliquei a ela. Ainda trocamos umas idéias sobre o teor do livro, se eu gostava de ler e o gosto do feijão do PF. Até o garçom se manifestou - não sobre o feijão, sobre o assunto do livro - balançando a cabeça e perguntando qual era o autor.

Para coroar todo aquele divertimento, surge um vendedor de morangos, oferecendo não uma, mas cinco caixinhas por 10 reais. Eu não tinha levado dinheiro, só o de plástico, não pude comprar. Não sou fã de morangos, mas a criatividade dele ao vender me cativou. Ele fez uma paródia da música "Eu juro", da dupla Leandro e Leonardo, transformando tudo em um apelo emocionante para que as pessoas comprassem seu produto. Achei legal! Queria ter o dinheiro à mão para fazer jus ao talento do vendedor, que além de tudo era bem humorado e não se deixava abater com caras feias ou recusas.

Hoje estou passeando fora de Brasília com uma amiga querida. Mas isso é papo para outro texto. Ah, o nome do livro? "As mentiras que os homens contam".

Nenhum comentário:

Postar um comentário