Ontem à noite eu voltei no tempo e me vi com 14 anos novamente. Não fisicamente, o que é um alívio, porque nessa idade eu era uma garota ossuda com uma cabeleira rebelde e com um corte de gosto duvidoso. Definitivamente, um tempo de muita luta para se ajustar ao status de adolescente, mas ainda assim a melhor época que eu já vivi até hoje.
Com a milagrosa tecnologia do Facebook, conseguimos encontrar e reunir amigos que se teletransportaram para um período da vida há 30 anos. Foi mágico!
Um amigo desse período veio de Londres e se tornou a razão de toda a busca para juntar essas pessoas que hoje têm caminhos distintos, por vezes, distantes, mas que se reencontraram e se identificaram com o mesmo carinho e sentimento de amizade de quando se viram pela primeira vez. Pensem em um abraço de amigo, guardado por 20, 25, 30 anos. A força do sentimento que está ali, a emoção de se perceber alguém na história de outro alguém, as memórias que retornam e batem no seu ombro, dizendo: "Lembra disso?"
Esse grupo em especial tem uma carga de memórias fantástica! São anos de convivência no período que a gente pode considerar mais produtivo na vida de alguém: a adolescência. Encontros diários na escola ou semanais na igreja, grupo jovem que buscava a companhia uns dos outros para definir seus papéis no mundo. O grupo estava unido em todas as frentes: estudo, teatro, música, esportes, viagens - quem deles pode esquecer o Acampamento Maranata, com quartos coletivos, riacho com balanço de pneu velho, fila para o rango, serenatas e aprontações mil!! Mágico!
Outro dia vi na televisão uma propaganda de um carro fantástico. O homem que estava dirigindo o veículo (não me perguntem a marca, mal sei o meu nome!) tinha por volta de 50 anos, mas ao chegar ao seu destino, um lugar paradisíaco que somente aquele veículo forte conseguia alcançar, ele lavava o rosto no riacho e remoçava uns 30 anos. Acho interessante essa proposta de se sentir "eternamente jovem", mas a verdade é que é muito mais interessante se sentir "vivo e bem" com a idade que se tem.
Ontem, entrando no túnel do tempo (um seriado muito bom do século passado!), percebi que não queria ser de novo uma adolescente ossuda e em luta constante com os cabelos rebeldes, queria apenas colher os frutos das amizades incríveis que plantei naquele período, acessar as memórias que são tão acalentadoras e fortalecem na gente a fé de que tocamos e fomos tocados, marcamos e fomos marcados, e que mesmo hoje, 30 anos depois, eu posso te chamar e você virá.
Ontem, entrando no túnel do tempo (um seriado muito bom do século passado!), percebi que não queria ser de novo uma adolescente ossuda e em luta constante com os cabelos rebeldes, queria apenas colher os frutos das amizades incríveis que plantei naquele período, acessar as memórias que são tão acalentadoras e fortalecem na gente a fé de que tocamos e fomos tocados, marcamos e fomos marcados, e que mesmo hoje, 30 anos depois, eu posso te chamar e você virá.
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