A temperatura amena de Lisboa (20 graus durante o dia, talvez 10 à noite) foi uma grata surpresa depois do frio cortante de Paris. Passamos apenas 3 noites e dois dias nessa bela cidade portuguesa, mas consegui algumas boas lembranças para minha colcha de retalhos.
A senhora elegante da foto ao lado, vestida de marrom e RED, estava no café A Brasileira - o lugar preferido de Fernando Pessoa - e me chamou a atenção pelo jeito tranquilo. Sentada quietinha e sozinha em uma mesa, tomando um pouquinho de sol e observando a todos que passavam. Não resisti e tirei a foto antes que ela se fosse. Achei-a muito independente e descolada. A rosa sobre a mesa deve ter sido uma lembrança do Dia Internacional da Mulher. Quero reter na memória essa imagem e desarquivá-la, vez em quando, para me lembrar de ser assim também: independente e descolada, não importa em que idade.
Os lisboetas foram extremamente gentis e atenciosos conosco. Dando explicações sobre os lugares a serem visitados, sugerindo pratos deliciosos para o almoço, vendendo, atendendo, em todos os lugares eu e meus amigos fomos muito bem recebidos.
Mesmo com a crise que assola a Europa e sei que é bem forte em Portugal, mesmo percebendo a tristeza de alguns, as boas maneiras e a conversa agradável se sobressaiam. O Chiado é um bairro fantástico, pintado com todas as cores e frequentado por cidadãos de todas as nacionalidades. Abrigo do fado, encontramos um belo espetáculo, em que os cantores usam suas vozes como mais um instrumento, entoando as mágoas e desilusões com tanta intensidade que sente-se na pele o seu desespero.
O ônibus de city tour é um recurso importante para quem tem pouco tempo para ver tanta história e beleza. Subimos e descemos dele por dois dias, visitando tudo que era possível. Numa dessas ocasiões, tentando ajudar o motorista português a vender 7 tickets a alguns turistas ingleses e a embarcar outros tantos estrangeiros que estavam na fila, quase fui contratada como rodomoça.
O oceanário é impressionante, com a variedade de animais marinhos e os pinguins engraçadinhos de Magalhães. Mosteiros, torres, museus, pastéis de Belém e comida regada a um bom vinho, férias memoráveis que me fazem querer ser cada dia mais independente, descolada e usar marrom e vermelho com muita elegância.
Amei o texto. Independente e descolada você já é! E anda até bebendo "um bom vinho"? Massa demais. É... acho que você encontrou o seu lugar. A Europa está gravada em você de forma definitiva! Que venha o próximo destino! Bjs.
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