segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Café amargo...

Tem dias que a vida parece uma xícara de café amargo. Uma enorme xícara em que você caiu dentro   e luta com todas as forças para emergir, engolindo essa bebida escura, que desce rasgando a garganta.
Notícias como a morte de pessoas queridas trazem essa sensação. 
Mas, pensando bem, mesmo a morte de pessoas desconhecidas, como os dois rapazes de 26 anos, no auge de suas existências, cheios de planos, com os olhos brilhando na fotografia estampada no jornal, mesmo essas mortes nos afligem. 
O amargo na boca nos faz pensar sobre a fragilidade  da vida. A fugacidade do tempo que não pára, não espera, não diminui a velocidade. A Withney Houston também foi embora. Vida brilhante, mulher fantástica, presenteada com beleza, voz, presença. Vida marcada também por momentos dificeis, doloridos, que embaçaram seu sorriso e atormentaram sua alma.
É também amarga a sensação que bate quando a gente lê no jornal sobre garotos de classe média e alta que espancam pessoas na rua, sem tetos, pessoas humildes, homossexuais, qualquer um que não se adeque aos seus (des)valores.
E de repente, surge um gosto doce, um leve toque no meio de tanta tristeza. Surge o Victor. Um rapaz que enfrentou a gangue de elite para pedir que eles parassem de bater no mendigo. E apanhou muito por isso. Surge um rapaz que tem consciência, valores morais, sabe o que é certo e errado e não se intimida em apontá-los. Um rosto lindo, mesmo massacrado por golpes covardes. O Victor é o açúcar do meu café amargo nessa semana. Que nunca faltem pessoas doces como você!


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